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No final do século XIX, a descoberta dos agentes causadores de doenças infecciosas representou um passo fundamental no avanço da medicina experimental, através do desenvolvimento de métodos de diagnóstico e tratamento de doenças como a difteria, tétano e cólera.
Um dos principais aspectos desse avanço foi o desenvolvimento da soroterapia, que consiste na aplicação no paciente de um soro contendo um concentrado de anticorpos.
A soroterapia tem a finalidade de combater uma doença específica (no caso de moléstias infecciosas), ou um agente tóxico específico (venenos ou toxinas).

"Cada veneno ofídico necessita de um soro específico, elaborado com uma serpente do mesmo gênero da causadora do acidente"
O Dr. Vital Brazil Mineiro da Campanha, médico sanitarista, residindo em Botucatu, consciente do grande número de acidentes com serpentes peçonhentas no Estado, passou a realizar experimentos com os venenos ofídicos. Baseando-se nos primeiros trabalhos com soroterapia realizados pelo francês Albert Calmette, desenvolveu estudos sobre soros contra o veneno de serpentes, descobrindo a sua especificidade, ou seja, cada tipo de veneno ofídico requer um soro específico, preparado com o veneno do mesmo gênero de serpente que causou o acidente.
Já em São Paulo, Vital Brazil identificou um surto de peste bubônica na cidade de Santos em 1898.
Iniciou, então, em condições precárias, o preparo de soro contra essa doença em instalações da Fazenda Butantan. Essa produção iniciou-se oficialmente em 1901, dando origem ao Instituto Serumtheráphico de Butantan, nome original do Instituto Butantan. Controlada a peste, o Dr. Vital Brazil deu prosseguimento preparação de soros antiofídicos nesse Instituto, para atender ao grande número de acidentes com serpentes peçonhentas, já que o Brasil era um país com grande população rural, na época, tendo, ainda, Vital Brazil iniciado a produção de vacinas e outros produtos para a Saúde Pública.
Soros e vacinas são produtos de origem biológica (chamados imunobiológicos) usados na prevenção e tratamento de doenças. A diferença entre esses dois produtos está no fato dos soros já conterem os anticorpos necessários para combater uma determinada doença ou intoxicação, enquanto que as vacinas contêm agentes infecciosos incapazes de provocar a doença (a vacina é inócua), mas que induzem o sistema imunológico da pessoa a produzir anticorpos, evitando a contração da doença.
"Portanto, o soro é curativo, enquanto a vacina é, essencialmente, preventiva."

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Soro e Vacina

Por Cida → terça-feira, 2 de outubro de 2012


A vacina antivariólica é preparada a partir de vírus vivo em suspensão, obtido por vacinação de carneiros e bovinos. É apresentada na forma liofilizada, acompanhada de ampola diluente, em base glicerinada. Deve ser conservada, antes da diluição, à temperatura de +2 a +8º C, tendo a partir daí apenas 15 dias de validade.
A aplicação é realizada pela técnica da multipuntura com agulha bifurcada, ou pelo uso de pistolas injetoras. A dose é única e a aplicação deve ser feita na região deltoideana inferior do braço esquerdo. A idade ideal para vacinação é entre um e dois anos, porém em situações especiais pode ser realizada durante o primeiro ano de vida.
A evolução da vacina é de 21 dias, compreendendo mácula (primeiro dia), pápula (quarto dia), vesícula (sexto dia), pústula (10º dia), crosta (14º dia) e cicatriz (21º dia). A revacinação deve ser feita a cada cinco anos.
As contra-indicações da vacina são principalmente para os indivíduos portadores de eczema, dermatites de qualquer etiologia e gestação. Entre as complicações, temos a encefalite pós-vacinal, eczema vaccinatum, febre, mal-estar geral, infecção secundária, púrpuras, miocardites, polirradiculoneurites e síndrome de Stevens-Johnson.
Em 1973 o Brasil recebeu a Certificação Internacional da Erradicação da Varíola, cuja obrigatoriedade da vacinação foi extinta em 30 de janeiro de 1980.
Fonte: vacinas.org.br
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Vacina Antivariólica

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